14 de jul. de 2011

Algemas


Me sinto algemado pelos laços da tristeza,
pudera alguém ver-me a alma, e esta
se assustaria ao ver a lama que se instala 

Sou presa fácil para predadores, sem forças
para seguir, sem condições de encontrar saídas,
sem perspectivas do amanha

Qual redoma foi criada? Que cordão eu não cortei?
Medo, solidão, talvez! Transformar-me ia senão
em nada, nada é o que espero.

Outrora a passos largos decididos, cabeça erguida,
peito inflado, paixão pela vida
Hoje, algemas, tristezas, culpas

Depois de perdas e danos, algo lindo vislumbrei,
Um par de olhos verdes, que um dia magoei
Esse brilho ofuscante me guiou por instante

Até a fresta da loucura, onde estava a lucidez
Ela é tudo que tenho e não a quero perder
Foi nela, a lucidez, que com força me agarrei

Com a luz daqueles olhos, um atalho eu encontrei
fiz o caminho de volta, na mala as poucas roupas,
mas na mente a esperança de parar com essas andanças

Despir-me da arrogância, refugiar-me em seus braços
Sentir seu menino amado, meu coração abrandar
O silêncio não é o que cala, mas sim o que silencia

Pra finalmente dizer! Isto sim se chama paz.


Autora: Leila Mustafa Cury





 


2 comentários:

  1. "Este poema eu fiz para minha irmã salma"
    Tudo que desejo a ela é paz!

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  2. Minha irmã que lindo!Pôxa assim vc me deixa muito emocionada,Eu amo muito vc e sei que vc merece td de bom,E Deus pai sempre vai te trazer muitas benças,mil bjs no seu lindo coração .

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