17 de jul. de 2011

Compreender tudo o que for compreensível



imagem reprodução


"Mas o que vê e ouve ou lê nada mais lhe traz senão matéria-prima de pensamento, já livre de muita impureza de minério bruto, porquanto antes do seu outros pensamentos o pensaram; mas, por o pensarem, alguma outra impureza lhe terão juntado. Nunca se precipite, pois, a aderir; não se deixe levar por nenhum sentimento, exceto o do amor de entender, de ver o mais possível claro dentro e fora de si; critique tudo o que receba e não deixe que nada se deposite no seu espírito senão pela peneira da crítica, pelo critério da coerência, pela concordância dos fatos; acredite fundamentalmente na dúvida construtiva e daí parta para certezas que nunca deixe de ver como provisórias, exceto uma, a de que é capaz de compreender tudo o que for compreensível; ao resto porá de lado até que o seja, até que possa pôr nos pratos da sua balancinha de razão. A tudo pese. Pense."
Agostinho da Silva in Textos e Ensaios Filosóficos

Um comentário:

  1. Essa é minha filha!

    Muito bom o artigo! Auxilia e melhora o pensamento critico e, também, a redução do medo no momento de expor nossas opiniões.

    Beijos

    ResponderExcluir