6 de ago. de 2011

Presença na Ausência

imagem reprodução


A noite na minha solidão, sua presença
é tão real que minhas mãos quase o alcançam.
Por um espaço pequeníssimo de tempo, eu o vejo...

Como são belos seus olhos, e que sorriso encantador. 
E com a claridade frouxa que precede o clarão do dia, 
deixo rolar uma lágrima incerta, na certeza da tua
ausência...

Digo a mim mesma, que a emoção supera a angústia 
de não o ter por perto. Chegou em minha vida, acordou
a mulher que estava adormecida...

Fez reviver emoções já esquecidas, suavizou as marcas do 
tempo em meu rosto. Me fez escrever utopias que se 
refugiam por detrás da pena, que vez por outra se
aventuram tímidas, em linhas de versos e prosas...

Hoje quando o meu caminhar é lendo, quando as buscas 
já se faz tarde. Sinto o sangue fluir nas veias, em lembrar
da chuva no rosto e dos pés descalços...

Tal qual a rosa, que recebe um beijo rápido do beija-flor, 
fica ela extasiada, na esperança de que para onde ele for...

Mesmo que beije outra flor, sentirá um frio no peito,
lembrará de um perfume, de uma rosa que o encantou
Continuará seu caminho, mas um tanto perturbado,
pois sabe que foi amado e que perdeste a bela flor...

E das paginas da alma, vão brotando lindos versos,
como esse que escrevo, sobre alguém que não
esqueço, sei que não o quero perto, mas poeta
fica nu sem versos...

Por isso o trago na mente, mas não será para sempre,
só até encontrar um novo amor.


Autora: Leila Mustafa Cury

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